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2023.03.1312s

Mulheres Qair na engenharia: Uma perspectiva da profissão

No Brasil o curso de engenharia se iniciou em 1792. Há registros de que a formatura da primeira mulher na área só ocorreu 179 anos depois, em 1917. É claro que o contexto histórico e o papel da mulher na sociedade pesavam contra a inclusão no mundo acadêmico e profissional, mas hoje é possível observar que essa disparidade entre os gêneros finalmente tem diminuído, graças às mulheres determinadas e competentes, que têm alcançando posições de destaque no mercado de trabalho e em áreas que antes eram vistas como impróprias para elas.

O conceito de equidade no mercado de trabalho vem ganhando cada vez mais importância, e na engenharia não é diferente. As empresas e instituições em geral, estão se conscientizando sobre a importância de garantir que um quadro mais diverso de colaboradores, aproveitando talentos de forma igualitária. Na Qair Brasil, 52% dos cargos são ocupados por mulheres, que atuam em áreas variadas, até no canteiro de obras, como é o caso da engenheira de projetos civis e de construção, Lenilda Soares, que entrou no ramo de energias renováveis em 2014 e hoje busca encorajar mais mulheres a trabalhar com o que gostam, independente de convenções sociais. “Transforme seu sonho em objetivo e trace metas, algumas vezes iremos falhar, mas não desistam, e se for preciso voltem a base de planejamento. Acredite em você e irá chegar ao lugar que sempre sonhou, você só depende de você para realizar seus sonhos.” Aconselha Lenilda.

É fato que um longo caminho ainda precisa ser percorrido até que o mercado da engenharia tenha um equilíbrio ideal de profissionais. Por isso é tão importante reverberar depoimentos de mulheres que atuam no setor. A jornada de uma pode ser a força que inspira outras, como é o caso da estagiária de engenharia civil Thalita Soares, que também compõe o time de construção da Qair Brasil, e segue os passos de Lenilda, com entusiasmo. “A forma como ela trabalha, ensina e demonstra seus conhecimentos é muito inspiradora, me influencia a acreditar que há muito a desenvolver e que o aprendizado é diário.” Afirma Thalita.

O percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil corresponde a 19,3% (199.786 mulheres engenheiras) do total de 1.035.103, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea). Apesar do dado significativo, a posição das mulheres na área de Engenharia permanece excepcional comparada à presença masculina. Contudo, há perspectivas de que as novas gerações rompam com mais celeridade esse padrão de gênero ainda presente na profissão.

Na contramão das pesquisas, Thalita prefere encarar o cenário com otimismo, e completa com a sua perspectiva dentro do setor de energias renováveis. “Quando eu comecei, vi um grande potencial de poder contribuir para a mudança da matriz energética. Posteriormente, surgiu um grande interesse por entender como estas grandes obras renováveis eram construídas e quais as perspectivas que o mercado tinha para área de Civil. E uma das coisas que me encantou foi ver diversas mulheres e engenheiras criando espaço nesse mercado. Eu consigo visualizar um mercado cada vez mais acolhedor para engenheiras civis.”

Hanná Louretto – Jornalista
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